Nos últimos anos, o Go (Golang) se consolidou como uma das linguagens mais utilizadas em sistemas distribuídos e serviços de alta performance. Plataformas como Uber, Cloudflare e iFood confiam em Go para lidar com milhões de requisições diárias.
Mas o que torna Go tão adequado para esse cenário? E, principalmente: como projetar APIs realmente escaláveis em Go?
Neste artigo, compartilho boas práticas que vão além do “escrever handlers” — cobrindo desde arquitetura até observabilidade, passando por concorrência, infraestrutura e cases reais.
Antes de escrever a primeira linha de código, precisamos entender o que significa escalar.
Para APIs modernas, horizontal é o caminho natural — e isso exige que o design seja stateless, isto é, sem dependência de estado local no servidor.
Princípio base: cada requisição deve poder ser atendida por qualquer instância da API, sem amarras.
Isso explica por que empresas de alta escala migraram serviços críticos para Go.
Uma API escalável não é só um conjunto de rotas — é uma arquitetura pensada para crescer.
Escalar API sem pensar em infraestrutura resiliente é receita para gargalos.
Uma API que escala precisa ser observável:
Escalar é resolver gargalos específicos — e só se descobre gargalo com dados concretos.
Aqui um handler simples em Gin com boas práticas de timeout e contexto:
func MyHandler(c *gin.Context) {
ctx, cancel := context.WithTimeout(c.Request.Context(), 2*time.Second)
defer cancel()
// lógica do handler usando ctx
}
Ponto-chave: nunca esqueça de propagar contexto (
context.Context
) para evitar goroutines presas e permitir cancelamento controlado em cenários de alta carga.
Imagine um sistema de pedidos online:
Isso garante que a API responda rápido e o processamento seja feito de forma distribuída.
Projetar APIs escaláveis em Go exige uma visão que vai além do código: é preciso pensar em concorrência, arquitetura limpa, infraestrutura resiliente e observabilidade.
Se feito corretamente, você terá um backend capaz de lidar com picos de tráfego com simplicidade,